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CRESCER, CRESCER E CRESCER

Atualizado: 22 de fev. de 2021



 

A Secretaria Municipal de Educação de Brasilândia de Minas, diante da realidade da pandemia e dos desafios que são inerentes à prática pedagógica, a partir de agora, vai construir uma nova perspectiva de aprendizagem, pautada não apenas no aluno, mas, principalmente, na qualidade dos serviços prestados.


É importante ressaltar, num primeiro momento, a necessidade de se desmitificar a ideia de que o serviço público é sinônimo de baixa qualidade. E, ainda mais, é preciso uma compreensão de que, sim, temos condições de ter uma educação de excelência.


Contamos com 99% dos docentes com formação acadêmica. Tratam-se de profissionais competentes, criativos, empenhados e alinhados com a realidade atual. Essas caracteríticas tornam a educação municipal um terreno fértil para alcançar um patamar ainda melhor de ensino.


Claro que a formação continuada ainda é a peça chave para o sucesso, visto que é ela que possibilita ampliar os horizontes e diminuir as possíveis resistências no decorrer do processo.


Dito isso, buscamos detectar quais aspectos precisam ser alinhados para a caminhada educacional dos próximos anos. E espantem. São detalhes que farão a diferença nesse momento.



1. EQUIPARAR A QUALIDADE DO ENSINO: É fundamental que todas as escolas municipais "falem a mesma língua". Todos sabemos que nosso público é diversificado, mas isso não nos dá o direito de privar nenhum aluno do direito de aprendizagem. Assim, as escolas devem desenvolver projetos similares entre si, buscando em conjunto, e com as mesmas intenções, formas de atingir todos os alunos de maneira igual, independente de classe, dificuldades, origem e cultura. Para isso, é necessária uma padronização dos procedimentos adotados. Quando dizemos padronizar, nos referimos à adoção de critérios iguais para todas as escolas da rede municipal de ensino. O Regimento e o Projeto Político Pedagógico pertencem à comunidade escolar e são fundamentais para que isso aconteça, portanto, não devem ser esquecidos na gaveta de uma mesa qualquer.


2. TREINAMENTO DAS LIDERANÇAS: Nem sempre as pessoas que estão em cargos de liderança são, de fato, líderes, mas podem aprender a ser. Quando nos referimos à gestão escolar, estamos falando de uma rede ampla de organização que vai da cantina até a sala do diretor. Nesse processo, a harmonia entre os diversos setores da escola é imprescindível. E quem faz essa ponte entre estes setores é o Especialista. Eis aí o "motor" da escola. É preciso que direção e especialistas trabalhem em conjunto e, em vez de criar conflitos, amenize-os, busquem maneiras de saná-los. Por isso a importância da liderança. É necessário liderar para resguardar o direito do aluno (seja no aspecto pedagógico, seja no seu bem-estar na escola) e não para a satisfação pessoal ou a nutrição do ego. Quando se parte do princípio de que o foco é o aluno e não o "EU", 90% dos problemas cotidianos estarão resolvidos. Daí a necessidade de formação de lideranças, para se ter um equilíbrio entre questões pessoais e o que, de fato, tem importância.


3. VERIFICAÇÃO DO CONTEÚDO E QUALIDADE DO MATERIAL DISPONIBILIZADO AO ALUNO: A estética, por mais supérflua que possa parecer, é outro aspecto importante para a qualidade do que as escolas oferecem. Aqui, não devemos entendê-la apenas como "capricho", mas como resultado de um planejamento bem realizado.


Se o planejamento é bem executado, obviamente o resultado final será satisfatório. Os direitos previstos na Base Nacional Curricular Comum serão atingidos e, em maior ou menor grau, o aluno terá aprendido.


O que nos interessa aqui é outra questão: como é o material que o aluno recebe? É legível? É bem organizado? Foi construído? Ou é apenas um recorte de um livro? Uma figura xerocada casualmente para colorir?


Essa questão é importante, pois o material, consciente ou inconscientemente, é a "cara" da escola. Uma escola que tem procedimentos de diagramação, organização dos textos, das imagens, enfim, higiene no material, estará não apenas cumprindo a obrigação de possibilitar uma aprendizagem eficaz, mas fará também propaganda de si mesma, de um lugar de esmero, limpeza e competência. Nesse sentido, cabe aos especialistas, mais uma vez, dar apoio e fazer cumprir, no planejamento, a elaboração de um material que tenha a "alma" da escola.


4.MOTIVAR PARA CRESCER: Embora a questão salarial ainda seja a maneira mais eficaz de motivar um servidor, há outras maneiras de fazer do ambiente de trabalho um lugar aprazível. É público que o ambiente escolar, em grande parte do tempo, é estressante, visto que quase toda ação pedagógica, por si mesma, é conflituosa. No entanto, a forma mais eficiente de diminuir este impacto é a humanização. É claro que devemos cumprir a LDB, que prevê 200 dias letivos e 800 horas anuais, mas jamais podemos nos esquecer de que nossos servidores são humanos. Humanizar é dialogar, é compreender que um profissional respeitado em sua individualidade vai ser mais produtivo, vai adoecer menos, vai ter mais prazer em trabalhar. Assim, a escola deve deixar de ser o terreno de disputas e passar a ser o terreno do respeito, do ouvir, do sentir. Da cantineira à direção, todos terão dias bons e dias ruins e isso não quer dizer que a pessoa deva ser julgada por estes momentos, afinal, assim como nossos alunos, todos nós estamos em constante construção.



É claro que há inúmeras outras questões a serem discutidas e abordadas para uma educação de qualidade, mas limitaremos aqui, num primeiro instante, a estas quatro questões discutidas. A escola é um bem público e é direito e dever de todos participar das discussões acerca da sua melhoria. Brasilândia de Minas é, hoje, referência educacional no noroeste mineiro, mas não podemos nos limitar a isso. Devemos sempre lutar para que nossos alunos tenham um futuro brilhante!


 

Fábio Woolf

02/02/2021

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